segunda-feira, 8 de março de 2010

Era Uma Vez no Oeste



Filme: Era Uma Vez no Oeste
Título Original: C'era una volta il West
Diretor: Sergio Leone
Atores: Henry Fonda, Charles Bronson, Jason Robards
Atriz: Claudia Cardinale
Ano: 1968
País: Itália, EUA


Quando alguém me pergunta o que é decupagem, eu respondo: Sergio Leone, mais especificamente, Era Uma Vez no Oeste. Cada corte do filme, a mudança de planos, o tempo entre cada um, o tempo dos diálogos e o desenvolvimento de cada cena é perfeito.

Este é um filme que poderia ser assistido por sequências. Como um livro em que cada capítulo funciona por si só (Vidas Secas, por exemplo). A sequência inicial - que eu coloquei no vídeo do youtube abaixo - é de uma maestria incrível. Apenas no ritmo dos cortes e de cada ação cria-se um clima de tensão com humor. Ou seja, faz-se com a decupagem a sensação que se quer passar.

Observação: decupagem é a maneira como uma sequência é pensada, dividida por planos. É possível usar diversos recursos para a criação de um clima, como o Woody Allen usa diálogos, Tornatore usa trilha sonora, Bergman usa expressões dos atores e Sergio Leone usa um conjunto deles que o torna brilhante.

Mas o que faz esse filme diferente? Pois existem muitos faroestes que procuram o mesmo espírito e não encontram. Fico pensando nessa resposta e não a encontro com facilidade, mas creio que se trata da maneira como o filme se enxerga. Ou seja, aqui existe uma grande consciência de que se trata de um filme, de uma grande encenação, de uma dança. Outros, que se levam muito a sério, acabam ficando chatos. A primeira vez que eu vi este filme, um pouco inesperadamente, não consegui parar de rir.

No final desta sequência inicial, o trem passa e ninguém desce. Os três pistoleiros viram as costas para partir quando ouvem a gaita de Charles Bronson. Lentamente se viram e lá está ele.
- Onde está Frank?
- Frank nos enviou.
- Vocês trouxeram um cavalo para mim?
Eles dão uma risadinha, só têm três cavalos.
- Bom, parece que nos faltará um cavalo.
- Não... acho que vocês trouxeram dois a mais...
tiros

Enfim, humor peculiar. Um tesão.

(já vem com váras legendas, inclusive em português, só tem que extrair do arquivo compactado)
Obs. este é um filme que vale ter em DVD, pois ele sempre está a venda, bem barato nessas lojas estilo Americanas.


5 comentários:

  1. e eu acho que você trouxe 2 a mais...

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  2. Esse filme é GENIAL! Fora a trilha maravilhosa do Ennio Morricone! Abs! Tavinho

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  3. ele trouxe dois a mais o que?
    eu tinha pego o da minha mae emprestado mas não acho... está com vcs?

    preciso muito ver.

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  4. Eu vi apenas a cena inicial, há uns dois anos. O que mais me impressionou foi o tempo da ação, extremamente lento. O que inicialmente pode parecer chato, se torna instigante....achei muito bom e é um filme que ainda tenho que ver.

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  5. Cara, vi e fiquei perplexo...!
    A cena do início é a melhor, sem dúvida, mas todo o início do filme é um tédio só.
    Este italiano dos westerns spaghettis foi muito chato, perdão.
    A música, perdão de novo, é muito chata também.
    A história se perde, fica sem pé nem cabeça na segunda metade e depois acaba sendo amarrada meio que na marra.
    Lutei contra o sono no começo e torci para acabar logo no fim.
    Certamente em 1968 ele era visto com outros olhos..
    :-)

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