Título Original: Idem
Ano: 1968
País: Inglaterra
animação dos Beatles
Yellow Submarine, junto com Pantera Cor de Rosa e uma animação que eu não lembro o nome e ninguém nunca assistiu - talvez seja parte da minha imaginação - são filmes da minha infância. Mas esta animação dos Beatles tem muitos méritos que vão além de qualquer filme infantil que se possa pensar.
Em primeiro lugar, as músicas, claro. Na época eu só não gostava de uma, até pelo psicodelismo um pouco mais dark da cena que a acompanha no filme. Continuo sem gostar. É a Only a Nothern Song, do George Harrison. De resto, é a perfeita sintonia entre as fortes cores e as músicas animadas. Em especial All Together Now, que sempre me empolgou e percebo que ainda empolga as crianças hoje.
Mas a melhor combinação acontece em Nowhere Man, quando os Beatles encontram este sujeito perdido na tela branca.(cena do youtube) Um homem de lugar nenhum, sem nenhum plano ou ponto de vista. Ele não é um pouco como você e eu?
Quando critico desenhos da Pixar ou da Disney, não são críticas ao roteiro, que geralmente é perfeito, mas a um novo patamar realista que essas animações modernas estabeleceram. Difícil encontrar criatividade nas formas dos personagens como há em Yellow Submarine, com suas luvas, homens com maçãs na cabeça e aquela mistura de animação, fotos e stop motion. Exceção aos filmes que já coloquei aqui: A Viagem de Chihiro e Bicicletas de Belleville. Talvez possa colocar também o Bob Esponja. Enquanto no mundo animado da Pixar, 3D e tudo o mais, o mérito é se aproximar, cada vez mais, do mundo real, com as liberdades que a animação ainda permite.
E há, além de tudo, uma narrativa muito interessante em Yellow Submarine. Eu já critiquei também os "filmes muito coloridos", de histórias muito alegres e que combatem a tristeza. Critiquei apenas porque me incomodam. Mas Yellow Submarine é justamente tudo que eu critico, só que foda. É a luta dos Beatles contra a tristeza trazida pelos homens azuis. Afinal de contas, nesse ponto eu devo concordar, tudo que precisamos é de amor, não é mesmo?
Em primeiro lugar, as músicas, claro. Na época eu só não gostava de uma, até pelo psicodelismo um pouco mais dark da cena que a acompanha no filme. Continuo sem gostar. É a Only a Nothern Song, do George Harrison. De resto, é a perfeita sintonia entre as fortes cores e as músicas animadas. Em especial All Together Now, que sempre me empolgou e percebo que ainda empolga as crianças hoje.
Mas a melhor combinação acontece em Nowhere Man, quando os Beatles encontram este sujeito perdido na tela branca.(cena do youtube) Um homem de lugar nenhum, sem nenhum plano ou ponto de vista. Ele não é um pouco como você e eu?
Quando critico desenhos da Pixar ou da Disney, não são críticas ao roteiro, que geralmente é perfeito, mas a um novo patamar realista que essas animações modernas estabeleceram. Difícil encontrar criatividade nas formas dos personagens como há em Yellow Submarine, com suas luvas, homens com maçãs na cabeça e aquela mistura de animação, fotos e stop motion. Exceção aos filmes que já coloquei aqui: A Viagem de Chihiro e Bicicletas de Belleville. Talvez possa colocar também o Bob Esponja. Enquanto no mundo animado da Pixar, 3D e tudo o mais, o mérito é se aproximar, cada vez mais, do mundo real, com as liberdades que a animação ainda permite.
E há, além de tudo, uma narrativa muito interessante em Yellow Submarine. Eu já critiquei também os "filmes muito coloridos", de histórias muito alegres e que combatem a tristeza. Critiquei apenas porque me incomodam. Mas Yellow Submarine é justamente tudo que eu critico, só que foda. É a luta dos Beatles contra a tristeza trazida pelos homens azuis. Afinal de contas, nesse ponto eu devo concordar, tudo que precisamos é de amor, não é mesmo?
Cena do youtube:
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Próxima semana:
A recorrente temática da viagem no tempo.
Caraca!!!
ResponderExcluirMal tive tempo para pensar em deflagrar a campanha COMENTÁRIOS JÁ! e de repente surgem aqui não apenas um, mas vários comentários dos filmes já postados.
Uáu!
O nosso garçon trouxe para a mesa, além do chope desta rodada, mais outros 4 super gelados e com o colarinho adequado.
Desse jeito vamos sair de porre daqui...
Eu pouco me lembro deste filme, mas a criatividade que criou as criaturas do filme é tipicamente inglesa, além também de ser coisa de quem já "viajou" muito...
:-))
Foi da sua infância este filme?
Que coisa, então temos quase a mesma idade.
:-))
Be welcome, all we need is love.
PS: Gostaria muito de ler o que voce pensa sobre aquele A Festa, do tal seguidor da seita do Lars Não Sei das Quantas.
O chopps já acabou faz tempo.
ResponderExcluirTem mais não?
Esse filme é de fato foda.
ResponderExcluirA loucura das cores, das histórias, do psicodelismo, da imaginação, das músicas traduzidas em imagens (que só não bate Fantasia), das piadas tipicamente inglesas. É genial.
A cena do Nowhere Man, na minha opinião, é uma das mais geniais da história das cenas. Amo de todos os jeitos e cada vez que assisto, vibro de um jeito inovador vendo.
E vendo hoje me parece um filme adulto. Incrível como esses são os que mais encantam as crianças.
Só devo discordar ou comentar uma coisa, as animações (geniais) da Pixar e Dreamworks têm essa características de parecerem absolutamente reais em termos físicos. Mas acho que isso vem logo após uma fase em que todos os desenhos eram absolutamente surreais e "mal feitos" - entre aspas porque é proposital. Você citou Bob Sponja, eu relembro de Dexter, A Vaca e o Frango, Garotas Superpoderosas, Du Dudu e Edu, O Acampamento de Lazio, Catdog,etc.
Mas talvez você estivesse falando de algo mais psicodélico?
Bom, rebatendo meu argumento, entrei no site do Cartoon Network (porque faz tempo que não assisto) e vi que os novos desenhos da moda são mais bonitinhos. Sei lá.
Não é questão de ser bem ou mal feito. É um ciclo comum da história humana de buscar a realidade na reprodução de imagens. E só após consegui-la com total confiança, se liberta para as criações mentais, impressionistas, expressionistas, surreais, etc.
ResponderExcluirrepare.
(mas eu adoro o realismo também)