segunda-feira, 29 de agosto de 2011

2001 - Uma Odisseia no Espaço

Filme: 2001 - Uma Odisseia no Espaço
Título Original: 2001: A Space Odyssey
Diretor: Stanley Kubrick
Ator: Keir Dullea, Gary Lockwood, William Syvester
Ano:1968
País: EUA


Eis a obra, o monolito.

O filme é dividido em quatro partes distintas, proporcionais. A primeira é a clássica sequencia inicial na qual os homens primitivos descobrem a força e utilidade dos instrumentos. Por si só, uma obra prima.

Com a "maior elipse temporal do cinema", que é o corte do osso para uma espaçonave, entramos na chata segunda parte do filme. Temos a bela dança de valsa da espaçonave, girando lentamente pelo espaço. Mas devo considerara-la inutil ou, no mínimo, enfadonha.

A terceira, outro curta, talvez seja a de dramtaurgia mais tradicional. Há personagens mais construidos e conflitos estabelecidos. A excelente participação da inteligência artificial de Hall, o computador de bordo, que, ao perceber que há indícios de seu fim, usa seus meios e poderes para tentar sobreviver.

A quarta e última parte da obra abre espaço para diversas interpretações. Isso é algo que me agrada nos filmes de Kubrick. Sua complexidade formal serve para que as interpretações possam ser múltiplas. E me desagradam os filmes com formula fechada e moral determinada. Talvez neste ponto haja certa semelhança com o atual "Árvore da Vida", tão debatido. (que eu, particularmente, não gosto)

E fala, para mim, do retorno às origens para a busca de sentido. O monolito está sempre ali, para lembrarmos de nossas limitações intelectuais e de compreensão do universo. De nós mesmos, na verdade. Buscar sentido, no final das contas, tampouco faz sentido. Mas há algo que não sabemos como nos dá a tranquilidade que nossa ignorância é sábia: o monolito.


Torrent: download aqu
Legenda: download aqui



Cena do youtube:



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Próxima semana:
A passagem, enfim.

8 comentários:

  1. Se fosse pra dizer; eu escolheria esse como um dos 3 melhores filmes de todos os tempos, e o que é aquela cena final?

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  2. 2001 - Uma Odisseia no Espaço é o meu filme de Kubrick favorito.

    A segunda parte mesmo lenta eu gosto, pelo contraste, o osso que se transforma em caneta, a maneira da nave se mover lentamente, acho que me introduziu no espírito da obra.

    O final foi mesmo inesquecível, mil ideias se passaram na minha cabeça ao assisti-la.

    "A passagem, enfim"... Ansioso para o filme da próxima semana. ^^

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  3. Pois é Elson, acho que ele merece mesmo. Não colocaria entre os meus três prediletos, mas com certeza entre os melhores, como cinema, poesia e filosofia.

    Everton, com certeza há uma importância nesta segunda parte, mas creio que seja uma mera preparação, assim como você. É longa, sem dúvida. Mas sua primeira exibição deve ter sido estrondosa!

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  4. Maravilha, voce não gostou da Árvore da Vida!!!
    Eu jurava que voce iria gostar.
    Volto amanhã porque agora é hora de beber vinho.
    :-)))
    Zé Rodrigo

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  5. Pois é, Zé... muita punhetagem para uma mensagem que não vai a lugar nenhum. Gostei mais de Melancholia, do seu amigo dinamarquês, Lars. E mais ainda do filme do meu amigo iraniano, Copia Fiel, do Kiarostami. Falando dos filmes mais atuais, para dar algum sentido a essas comparações.

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  6. 2001, o ano, chegou e as viagens para o espaço nunca se tornaram realidade. A Panam também não é mais uma realidade...
    Vi esta Odisséia tres vezes.
    Duas quando ela apareceu aqui pelo Rio, num daqueles grandes cinemas de rua, e a última vez há uns 7 anos, em casa.
    Na época eu gostei muito, mas confesso que achei muito chato nesta última vez.
    Acho que este filme envelheceu...
    Mas ele marcou, não sei bem porque mas marcou.
    Uma coisa que eu adorei e (acho) que ninguém sacou foi a cena da nave pousando na lua.
    Lá, na lua, não tem ar, portanto o som não se propaga.
    O Kubrick fez aquela cena inteira mostrando os detalhes barulhentos da poeira barulhenta formada pelos jatos barulhentos da nave barulhenta pousando...sob o mais completo silêncio!!!
    Em todos os filmes de ficção onde aparecem naves espaciais o barulhos são impressionantes e mentirosos.

    Sobre a Árvore da Vida, que eu não gostei, achei tres coisas:

    1) Linda a fotografia
    2) Achei que o diretor acordou um dia com vontade de fazer um filme e ai fumou um baseado. Depois foi tomar café e fumou outro baseado. Para se inspirar ele viu este 2001 do Kubrick e aproveitou para pegar uma cenas bonitas no NatGeo e, claro, fumou mais outro baseado.
    Finalmente, apertou mais um baseado e partiu para fazer o filme.
    3) Pretensioso

    :-))
    Zé Rodrigo

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  7. Bom Dia Victor,

    Achei seu blog ao procurar informações sobre o filme 'O Quarto Do Filho', achei muito interessante o nome do blog e pensei que poderia ter muita coisa em comum com o meu blog: http://oteatrodavida.blogspot.com

    E não me enganei. Principalmente no que diz respeito aos comentários de filmes baseado em um lista de 100, no seu caso, ou 1001, no meu caso.

    Queria convidá-lo a nos visitar e deixar suas percepções sobre o blog, que além de comentarmos os filmes da lista de '1001 Filmes Para Ver Antes De Morrer', também temos seções para filme nacional, músicas, imagens, esporte, homenageados, pinturas, literatura, etc.

    Este blog já está inserido em nosso blogroll!

    Abraços,

    Jonathan Pereira

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    Respostas
    1. Olá Jonathan!
      Muito interessante seu projeto também. Se já estou cansado com cem filmes, imagine com 1001. abraços

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