Título Original: Elephant
Diretor: Gus Van Sant
Atores: John Robinson, Alex Frost, Nathan Tyson
Ano: 2003
País: Estados Unidos
Três cegos apalpam um elefante para tentar compreendê-lo. Um apalpa a tromba, outro a barriga e outro o rabo. Cada um ao seu modo compreende o animal de maneira diferente. Os três ficam com uma impressão do elefante sem compreender o que ele é em sua completude, algo muito fácil para quem enxerga.
E dizem que daí vem o título do filme, Elefante. Assim sendo entra, sem dúvida, na lista dos melhores títulos de filmes. Pois trata-se de um diretor que procura enxergar o todo através de uma das partes, mas não se cega em definir sua visao como sendo a única verdade.
O assunto é complicado: jovens em uma escola americana que resolvem atirar em colegas e professores e se matarem depois. Fato real que também inspirou o filme de Michael Moore, Tiros em Columbine, e que é bastante recorrente em escolas americanas. Por que? Não faço ideia. Michael Moore tenta explicar, já Gus Vant Sant tenta escutar, observar, analisar.
O filme faz um recorte em alguns dos jovens que ali estudam e permite que eles mostrem suas vidas. A escolha formal acaba sendo natural pelos longos e lindos planos sequencias. As câmeras acompanham os garotos com sensibilidade de lhes permitirem espaço, naturalidade, tempo. Em muitos filmes do Gus Vant Sant há essa liberdade temporal e espacial.
Me agrada o fato do filme não impor sua tese, sua opinião. Não julga ninguém, seja o menino popular ou o nerd (essas divisões que acbam realmente acontecendo nas escolas americanas). O filme é puramente reflexivo. Assim, são os pequenos detalhes que fazem a diferença, um pequeno gesto, uma palavra, um jeito de falar e de olhar.
Vou fazer uma interpretação arriscada de um trecho que particularmente me agrada. Em meio ao desespero na escola, quando a chacina já começou e o filme caminha para seu fim, somos apresentados a um novo personagem que dura apenas uma pequena sequência. Um jovem negro, acompanhado pela câmera, anda calmamente pelos corredores da escola, enquanto todos gritam e correm. Ele tem a postura do herói, que vem para salvar e mudar a história. Mas quando enfim está se aproximando dos matadores é percebido. Recebe um tiro e morre. Fim de sua participação. Aí talvez haja certa ironia, certo humor, de que não há heróis, de que as pessoas realmente morrem por muito pouco.
E fica a pergunta do por que. Por que isso acontece nas escolas americanas?
E dizem que daí vem o título do filme, Elefante. Assim sendo entra, sem dúvida, na lista dos melhores títulos de filmes. Pois trata-se de um diretor que procura enxergar o todo através de uma das partes, mas não se cega em definir sua visao como sendo a única verdade.
O assunto é complicado: jovens em uma escola americana que resolvem atirar em colegas e professores e se matarem depois. Fato real que também inspirou o filme de Michael Moore, Tiros em Columbine, e que é bastante recorrente em escolas americanas. Por que? Não faço ideia. Michael Moore tenta explicar, já Gus Vant Sant tenta escutar, observar, analisar.
O filme faz um recorte em alguns dos jovens que ali estudam e permite que eles mostrem suas vidas. A escolha formal acaba sendo natural pelos longos e lindos planos sequencias. As câmeras acompanham os garotos com sensibilidade de lhes permitirem espaço, naturalidade, tempo. Em muitos filmes do Gus Vant Sant há essa liberdade temporal e espacial.
Me agrada o fato do filme não impor sua tese, sua opinião. Não julga ninguém, seja o menino popular ou o nerd (essas divisões que acbam realmente acontecendo nas escolas americanas). O filme é puramente reflexivo. Assim, são os pequenos detalhes que fazem a diferença, um pequeno gesto, uma palavra, um jeito de falar e de olhar.
Vou fazer uma interpretação arriscada de um trecho que particularmente me agrada. Em meio ao desespero na escola, quando a chacina já começou e o filme caminha para seu fim, somos apresentados a um novo personagem que dura apenas uma pequena sequência. Um jovem negro, acompanhado pela câmera, anda calmamente pelos corredores da escola, enquanto todos gritam e correm. Ele tem a postura do herói, que vem para salvar e mudar a história. Mas quando enfim está se aproximando dos matadores é percebido. Recebe um tiro e morre. Fim de sua participação. Aí talvez haja certa ironia, certo humor, de que não há heróis, de que as pessoas realmente morrem por muito pouco.
E fica a pergunta do por que. Por que isso acontece nas escolas americanas?
Como são as outras escolas do mundo? Isto seria um bom tema para os filmes do próximo mês, não?
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Legenda: download aqui
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Próxima semana:
Escolas são zoológicos interessantes.